1) Se você ainda duvida da relação do melanoma com a exposição ao sol, estudos e pesquisas evidenciam que o melanoma do indivíduo que não tem histórico de exposição solar prolongada tinha entre 7 a 9 mutações do tumor, já o paciente que tinha histórico de grande exposição ao sol tinha em média 170 mutações.
2) Os dados acimas reforçam que o sol realmente tem um papel realmente importante sobre a doença. Não se pode categorizar que todas estas mutações terão significância, mas certamente no indivíduo que teve grande exposição solar é maior o risco desse tipo de tumor.
3) Existe uma síndrome genética rara, com indivíduos com tendência ao desenvolvimento do melanoma. Por isso é importante ficar atento a casos na família. A cor de pele, no entanto, é o fator de risco mais importante: pele clara com olhos e cabelos claros é o tipo de paciente que mais apresenta o melanoma.
4) A prevenção praticamente é feita cuidados ao sol e consultas frequentes ao dermatologista, principalmente para olhar as famosas “pintas”. Lesões novas e que se modificam devem ser observadas. Deve-se prestar atenção no ABCD dermatológico: Assimetria (uma linha traçada ao meio não criará metades compatíveis), Bordas irregulares, Cor (variação de tons) e Diâmetro (normalmente maiores que 6mm).
5) É importante lembrar que o melanoma é um tumor que quando diagnosticado no começo a sobrevida de 5 anos é de 96-98%. Porém, em estágios avançados, a sobrevida pode cair muito, em torno de 40-50% quando acomete linfonodos, ou inferior a 10% quando acomete outros orgãos.
* Dr. EVANDRO AIRTON SORDI SANTOS, Oncologista da equipe do IRMEV e membro titular da Sociedade Brasileira de Cancerologia